Europa em meus sonhos
dedicado a escritora brasileira Lucila Nogueira
Somos profetas elétricos desta idade vibrante e escandalosa,
uma conscientização aguda.
O êxtase e o desdém respiram ruidosamente
na janela cobertos de uma cintilação insatisfeita.
Onde está nossa Europa abundante em tradições e valores milenares?
O colonizador abominou, execrou, o predador odiou.
A seus pés o novo e o velho fundem ignominiosamente: uma história de explorações monstruosas, infames, perversas.
A união faz a força.
Onde é nossa união, onde é nossa força?
Nossas verdades são repelentes, nossas façanhas permanecerão repugnantes e ulcerosas.
Haveremos de nos unir na procissão interminável das nações desbotadas, os desastres humanitários?
Esta é uma verdade alinhavada, uma hidrocefalia da liberdade.
Esta é uma agorafobia de cumplicidade, o pavor ensopado da obrigação.
Marchamos sem medo para a nossa felicidade compartilhada sem sentido.
Europe in my dreams
dedicated to the Brazilian writer Lucila Nogueira
We are the electronic prophets of this vibrant and scandalous age,
a piecing conscientization.
The ecstasy and the disdain wheeze in the window, covered in the glittering of dissatisfaction.
Where is our Europe reach in millennial
traditions and values?
The abhorred and loathed colonizer, the detested predator.
At her feet the old and the new weld ignominiously: a history of monstrous, disgraceful, perverted exploitation.
Unity makes strength.
Where is our unity, where is our strength?
Our truths are repellent, our truths will remain repugnant and
ulcerous.
Will we join the never ending procession of faded nations, the humanitarian
disasters?
This is a fetched truth, a hydrocephalic liberty.
An agoraphobia of complicity, the soaking dread of commitment.
We march fearlessly towards our nonsensical common happiness.
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